Dia desses, em uma daquelas conversas que se fala sobre tudo um
pouco, disse algo que depois me fez pensar por dias. Livros contam histórias.
Fantasia, ficção, romance. Mas o que realmente faz uma leitura ser interessante
ou bem aproveitada é o momento em que a estamos lendo.
Todo mundo já deve ter se perguntado “por que eu demorei tanto
assim pra começar a ler esse livro?”. Naquele momento, o livro pode ter sido a
melhor leitura em muito tempo. Mas há um mês atrás, talvez não tivesse tanto
significado assim. Falo por mim, que há
anos mantinha um livro na prateleira e há umas três semanas resolvi começar a
ler e em todo o tempo vago que tenho, estou com ele. Acho que nunca me apeguei
tanto a um livro. E por mais que a história contada por ele seja uma das
melhores que li nos últimos tempos, vou me lembrar, principalmente, da história
por trás da história. De como me familiarizei e de como o livro fazia parte de
todo o lugar aonde eu ia. Tira da mochila. Bota no criado-mudo. Tira do
criado-mudo. Bota na mochila. “Será que consigo terminar o capítulo antes de
chegar? Bom, se não der, assim já tenho uma ‘desculpa’ para continuar lendo”.
Esse é o tipo de pensamento do qual vou me lembrar. Livros são mais do que as
histórias contadas dentro deles, são as histórias que vivemos enquanto lemos as
tais histórias. São os comentários que
fazemos quando nos perguntam se tal livro é bom. “Li em dois dias”.
Sempre tem aquele livro que te acompanhou em um momento especial.
Que te fez companhia na beira da praia naquele dia meio nublado. Ou que ficou
horas contigo no aeroporto.
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