2.7.16

Porque ninguém precisa ter certeza


Situação hipotética: estou no quinto semestre de Direito. Em uma conversa com meus amigos, todos universitários e muito bem resolvidos –será? –, digo-lhes que não tenho total certeza de que é isso que quero pra mim a longo prazo. Os amigos, me indagariam de o porquê estar cursando algo que eu não sei se é o que quero e provavelmente me lançariam vários olhares. Nenhum deles amistoso, é claro.

Poucos de nós sabemos, mas a verdade é que não precisamos ter certeza de tudo o tempo todo e demonstrar isso não é um problema.

Quando eu estava no primeiro semestre em Letras, em uma das cadeiras que eu fazia o professor perguntou pra cada um o porquê aquela pessoa tinha escolhido o curso. Eu já estava ficando assustada por não saber bem o que responder, quando um dos meus colegas deu a melhor resposta que um calouro poderia dar: essa escolha foi mais uma aposta, sabe?
Vocês têm noção disso? Essa resposta mudou completamente a minha perspectiva.
A verdade é que não tem como saber se é aquilo mesmo até tentar. E eu sei o quão óbvio isso parece, mas na maioria das vezes nos recusamos a apostar nas coisas por não ter certeza se é aquilo mesmo que queremos.

E outra coisa que as pessoas não sabem é: tá tudo bem não ter certeza o tempo todo. A maioria das pessoas não tem 100% de certeza... Em nada.

Tudo bem não ter certeza do curso que tu escolheste, afinal, tu só tinhas dezessete anos quando teve que tomar tal decisão. E mesmo que tivesse trinta ou sessenta, ainda assim estaria tudo bem.

O importante, mesmo sem aquela certeza de arder a alma, é arriscar.
Tentar.
Apostar.

Por isso eu digo, se houver a possibilidade e se uma partezinha de você quiser: aposte!

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